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01.04.2025 06:51 PM
Q1 2025: Mercados registram a maior queda nas taxas desde 2022

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Wall Street em queda: pior trimestre em anos

As ações dos EUA encerram o primeiro trimestre de 2025 em baixa. O S&P 500 e o Nasdaq Composite registraram seus piores resultados trimestrais desde 2022, abalados pela crescente incerteza em torno da nova estratégia econômica de Donald Trump. O retorno do ex-presidente à Casa Branca e suas medidas drásticas na política econômica externa esfriaram o entusiasmo dos investidores.

Março no vermelho: o mercado cambaleia

Março foi especialmente doloroso para Wall Street. Ambos os índices sofreram suas maiores perdas mensais desde dezembro de 2022. O motivo foi uma guinada brusca na política comercial – uma nova onda de tarifas da administração Trump provocou temores de uma escalada das tensões globais. Os investidores temem que essas medidas possam não apenas desacelerar o crescimento econômico global, mas também desencadear um surto inflacionário.

Queda generalizada: os números falam por si

Nos três primeiros meses do ano, o S&P 500 caiu 4,6% e o Nasdaq, 10,5%. Até o mais estável Dow Jones cedeu à pressão, perdendo 1,3%. Em meio a expectativas e receios, o mercado demonstrou alta volatilidade, com os gigantes da tecnologia no centro das liquidações.

Os grandes estão condenados? Gigantes da tecnologia perdem terreno

Os símbolos do último rali de alta – as chamadas "sete magníficas" do setor de tecnologia – de repente se viram sob ataque. Investidores abandonaram ações que antes eram motores de crescimento. As ações da Tesla caíram quase 36% no trimestre, enquanto a Nvidia perdeu cerca de 20%.

Tecnologia em pausa, energia em alta

As perdas foram especialmente acentuadas nos setores de tecnologia e bens de consumo, ambos registrando quedas de dois dígitos. No entanto, apesar do cenário negativo, nem tudo foi desastroso. A maioria dos 11 setores do S&P 500 conseguiu fechar o trimestre no azul. A energia liderou os ganhos, subindo impressionantes 9,3%.

Trégua antes da tempestade

Os investidores tiveram um respiro no início da semana: o mercado de ações recuperou parte das perdas, apesar das tensões persistentes em torno das tarifas. À espera de esclarecimentos de Trump, prometidos para quarta-feira, os traders deixaram de lado, temporariamente, os temores sobre um possível agravamento dos conflitos econômicos globais.

Tarifas para todos: o presidente não segura sua ambição

No domingo, Trump fez uma declaração contundente: confirmou que pretende expandir as barreiras tarifárias em escala global. Além das tarifas já impostas sobre metais, automóveis e produtos chineses, novas medidas ainda mais amplas estão a caminho. Essa retórica agressiva aumenta a ansiedade dos mercados, que já discutem possíveis medidas retaliatórias dos parceiros comerciais dos EUA.

Reação dos índices: direções opostas

Apesar da tensão geral, o S&P 500 subiu 30,91 pontos na segunda-feira, fechando em alta de 0,55%, a 5611,85. O Dow Jones também terminou no verde, com um aumento de 417,86 pontos (+1%), atingindo a marca histórica de 42.001,76. No entanto, o Nasdaq mostrou uma dinâmica oposta, caindo 23,70 pontos (-0,14%), para 17.299,29.

Setor financeiro em foco: resiliência em meio ao caos

O crescimento do S&P 500 foi impulsionado pelo setor financeiro. As ações da Discover Financial Services dispararam 7,5%, enquanto os papéis da Capital One subiram 3,3% em meio à possibilidade de aprovação da fusão das empresas pelos reguladores. O interesse dos investidores no setor bancário cresceu, visto como uma oportunidade especulativa diante das consolidações.

Refúgio seguro: bens de consumo lideram ganhos

Diante da incerteza, o setor de bens de consumo, tradicionalmente considerado um "porto seguro" para investidores, emergiu como o líder dos ganhos, subindo 1,6%. Isso indica uma demanda crescente por empresas estáveis, com lucros previsíveis. O setor de energia também fechou em alta, impulsionado pelo aumento dos preços do petróleo.

Medo não desaparece: índice de volatilidade dispara

As tensões subjacentes continuam. O Índice de Volatilidade CBOE (VIX), conhecido como o "termômetro do medo" de Wall Street, subiu para 22,28 pontos, o nível mais alto em duas semanas. Isso sugere que os investidores ainda esperam movimentos bruscos e não descartam novos choques no mercado.

Goldman Sachs revisa previsões: a ansiedade cresce

A incerteza comercial levou o Goldman Sachs a revisar suas expectativas econômicas. O banco agora estima a probabilidade de uma recessão nos EUA em 35%, ante 20% anteriormente. Além disso, reduziu sua previsão para o S&P 500 no final do ano para 5.700 pontos. Os investidores também reagiram ao novo prognóstico: analistas esperam que o Federal Reserve recorra a mais cortes nas taxas de juros.

Semana decisiva: os números que podem mudar tudo

O mercado está em compasso de espera por uma série de publicações macroeconômicas. Os destaques incluem os últimos índices de atividade empresarial do ISM e o relatório de empregos não agrícolas – um dos principais termômetros da economia dos EUA. Além disso, os investidores aguardam discursos de dirigentes do Fed, incluindo Jerome Powell, cujas declarações podem definir o tom dos mercados financeiros nas próximas semanas.

Setor farmacêutico sob pressão: demissões impactam ações

O setor de saúde sofreu um golpe após a inesperada renúncia de um dos principais diretores da FDA, responsável pelo desenvolvimento de vacinas. A reação do mercado foi imediata: as ações da Moderna caíram quase 9%. Empresas de terapia genética também sentiram o impacto – a Taysha Gene Therapies perdeu 28% de seu valor, enquanto a Solid Biosciences caiu mais de 14%.

Fusões e aquisições: uns perdem, outros ganham

No setor corporativo, uma grande transação foi anunciada: a Rocket Companies, gigante do setor hipotecário, concordou em adquirir a Mr. Cooper Group por US$ 9,4 bilhões. O mercado reagiu de forma mista: as ações da Rocket despencaram 7,4%, enquanto as da Mr. Cooper dispararam 14,5%. Fusões e aquisições continuam a movimentar o mercado, criando vencedores e perdedores inesperados.

Europa se recupera, mas com cautela

Enquanto isso, os mercados europeus mostram um otimismo cauteloso. Após caírem para mínimas de dois meses, as bolsas europeias fecharam em alta na terça-feira. No entanto, os investidores permanecem atentos às tarifas dos EUA, que podem impactar empresas europeias. As ações de saúde foram as maiores beneficiadas, com o setor subindo 1%, indicando uma busca contínua por ativos defensivos.

STOXX 600 se recupera: otimismo cauteloso após o pânico

O índice pan-europeu STOXX 600 subiu 0,6% na manhã de terça-feira (GMT), recuperando-se de uma queda de 1,5% no dia anterior. Os investidores começaram a retornar a ativos de risco, embora as preocupações com as tensões comerciais globais persistam.

Declínio, mas não colapso

Apesar das incertezas, o STOXX 600 manteve-se positivo no trimestre. Após uma correção de 5% desde os recordes de março, os investidores voltaram os olhos para a Europa. As razões incluem medidas agressivas de estímulo da Alemanha e sinais de desaceleração nos EUA, tornando os ativos europeus mais atraentes no curto prazo.

Luz no fim do túnel: fábricas mostram sinais de vida

Em meio às expectativas moderadas, surgiram dados positivos inesperados. O mais recente levantamento sobre a atividade industrial da zona do euro indicou sinais iniciais de recuperação, após meses de estagnação.

Inflação no radar: chave para a ação do BCE

Os investidores estão na expectativa dos últimos dados sobre a inflação da zona do euro, que serão divulgados às 09:00 GMT. A importância dos números aumentou depois que a Alemanha surpreendeu os analistas com um crescimento de preços mais fraco do que o esperado em março, elevando as apostas de que o Banco Central Europeu (BCE) possa flexibilizar ainda mais sua política monetária.

O BCE de olho: Lagarde e Lane darão pistas

Mais tarde no dia, os mercados ouvirão duas figuras-chave da política monetária europeia: a presidente do BCE, Christine Lagarde, e o membro do conselho, Philip Lane. Seus comentários podem lançar luz sobre a visão do regulador em relação à trajetória da inflação e seus próximos passos em relação às taxas de juros.

Avanço biotecnológico da Dinamarca

As ações da Bavarian Nordic subiram quase 1,8% após a aprovação, pelo regulador dos EUA, de uma nova versão de sua vacina contra mpox (antiga varíola dos macacos) e varíola. A versão liofilizada (desidratada) do medicamento é mais estável e mais fácil de armazenar, especialmente em locais com acesso limitado a cadeias de frio. Para a empresa dinamarquesa, essa aprovação representa um passo importante na sua expansão global e no fortalecimento de sua posição no mercado farmacêutico dos EUA.

Reforma italiana: o que muda no mercado de fusões e aquisições

Uma possível mudança nas regras corporativas está sendo debatida na Itália e pode impactar significativamente o mercado de fusões e aquisições. As autoridades estão considerando aumentar o limite mínimo de participação acionária a partir do qual os investidores são obrigados a fazer uma oferta de compra do restante das ações. Atualmente, esse limite é relativamente baixo, e qualquer alteração pode modificar o equilíbrio de poder nas grandes empresas de capital aberto.

Telecom Italia — no centro dos interesses

Um dos exemplos mais marcantes do impacto potencial da reforma pode ser a Telecom Italia (TIM). O gigante financeiro estatal Poste Italiane está se preparando para se tornar o maior acionista da operadora, aumentando sua participação para 24,8%. Pelas regras atuais, essa participação acionária acionaria automaticamente uma oferta obrigatória de compra das ações remanescentes. No entanto, se o limite for elevado, a Poste Italiane poderá aumentar significativamente sua influência sem a obrigação formal de consolidação.

Thomas Frank,
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